CLEPSIDRA

como um rio nos dedos de Ariadne
ou a chuva nos gestos decantada
assim a Hidra chorando
pelo crivo das horas
passada






1 comentário:

náufrago do tempo e lugar disse...

felina e solar
a memória adentra-se e vaga perdida
nas rugas de um labirinto de pedras antigas.

e veleja, sem rumo, pelos quelhos do tempo,
sob a tropia sépia das horas envelhecidas.

numa respiração entrecortada de deuses,
ornado o cabelo por um lírio de alabastro,
ática e bela Ariadne permanece, em espera,
sob o fulgor branco e anil do sol de Naxos.

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