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O Outubro transmontano chega todo engalanado.
Traz capa de burel castanho com franjas d’ouro magoado.
Terçado ao pescoço um lenço, com laivos da cor do mel,
Dizente com o rubor intenso das vides de moscatel.
No rosto ensimesmado traz a dureza da noz;
Ora doce, ora irritado, o timbre que põe na voz.
Seu viso brilha e rebrilha, tal qual folha d'oliveira,
A mão, se a sorte vindima, luz que é d'ouro na algibeira.
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