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DIÁLOGO FRATERNO





- Já reparaste que à medida que crescemos todas as coisas se tornam mais pequenas? Aquele quadro, por exemplo, sim o do castelo, tinha toda a grandeza de um mundo por conquistar e o poder da memória puríssima do desconhecido. Do medo pueril, anterior às caravelas, ao astrolábio, às especiarias, quando havia que atravessar a escuridão, fazer o corredor sem hesitar e enfrentar de olhos abismados o vão das escadas obscurecido.

- Indistinto como o preconceito. E não o atravessamos sempre?! Ah, a temerária e iniciática aventura pelos caminhos do insondável!
- Claríssimo, como o olhar de Atena, deusa da sabedoria. Não reza a prudência que a ignorância é atrevida?!
- !

- Mas já então, com o seu engenho fotográfico, os avós nos traziam a apetência elucidativa. O amanhecer. Repara… não é o bastante para um coração se enternecer e um espírito se animar...?!



Castelo de Almourol | aguarela do meu avô Acácio


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